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Podcast
As “trapaças da sorte” que ameaçam transformar a CPI do Fundeb em um teste moral para o Legislativo de Arari
Por Rádio Voz de Arari
Publicado em 14/11/2025 08:03 • Atualizado 14/11/2025 08:32
Novidades

A política de Arari vive dias em que a verdade parece disputar espaço com a conveniência — e, até aqui, a conveniência tem tentado falar mais alto. As denúncias apresentadas pelos vereadores da oposição  Auriete Freitas, Lucinha Brito, Marcelo Santana e Pastozinh  expõem não apenas números suspeitos e folhas de pagamento que não fecham: revelam um padrão de gestão que, se confirmado, compromete gravemente os ordenadores de despesas do Executivo de governos anteriores e do atual, comandado pela prefeita Maria Alves.

 

Quando uma vereadora afirma que “agentes administrativos” aparecem embolsando R$ 20 mil ou R$ 25 mil, não estamos diante de um simples erro administrativo. Estamos diante de um abismo moral.

 

Não é por acaso que os vereadores da oposição, pressionam pela instalação de uma CPI. E fazem bem. A cidade tem o direito — e o dever — de investigar profundamente o uso de recursos públicos, não apenas da atual gestão, mas de administrações anteriores, citadas pela parlamentar como igualmente envolvidas em práticas suspeitas.

 

O plenário dividido expõe mais do que discordâncias — expõe medos

 

A sessão da última sexta-feira (7) foi apenas um retrato do que se tornou o Legislativo de Arari: um campo de batalha onde cada lado luta não apenas por narrativas, mas por sobrevivência política.

 

De um lado, a oposição, munida de documentos que, segundo a vereadora liderada por Aurinete Freitas, comprovam pagamentos a “folhas fantasmas”, gente que sequer vive no município.

 

Do outro, aliados da prefeita, incluindo o ex-secretário Alexandre Alves, agora novamente vereador, tentando conter o desgaste que se espalha rapidamente.

 

Há quem trate as denúncias como exagero. Mas é difícil chamar de exagero a existência de uma “folha complementar” que não é de concursados nem de contratados.

 

Quando recursos da Educação e da proteção social são tratados como caixas-pretas, o problema deixa de ser administrativo — passa a ser moral.

 

O paradoxo que envergonha: investigados querendo ser investigadores

É aqui que entra a metáfora das “trapaças da sorte”, tão apropriada quanto incômoda. Em um movimento típico dos labirintos políticos, parte dos vereadores que deveria votar ou participar da CPI aparece, ironicamente, entre os suspeitos.

 

Ou seja: aqueles que podem ser investigados querem ter voz no processo que os investigaria. Felizmente, as regras impedem esse tipo de aberração: suspeitos não podem integrar a comissão.

 

“Quem está sob suspeita ou pode ser indiciado não participa, isso é regra”, lembrou Aurinete.

 

Mas o fato de isso precisar ser dito já diz muito sobre a situação inusitada. Esse paradoxo não deveria existir — mas existe. E expõe inegável fragilidade institucional do município.

 

Sexta-feira (14): o dia em que Arari pode confirmar coragem — ou covardia

A próxima sessão da Câmara, prevista para acontecer nesta sexta-feira (14), será mais do que um debate sobre CPI. Será uma oportunidade de o Legislativo de Arari mostrar se está disposto a enfrentar a verdade ou continuará fugindo da realidade.

 

Os vereadores terão de decidir se representam o interesse público ou os interesses de grupos políticos. Se escolhem a transparência ou o silêncio conveniente. Se deixam a “sorte” ditar o rumo das investigações ou se farão o que a população espera.

 

Não será uma sessão comum. Será um divisor de águas. Porque, no fim das contas, há momentos em que a política deixa de ser apenas disputa e passa a ser um teste de caráter.

 

A CPI do Fundeb, em Arari, é exatamente isso.

 

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